Laboratório Rotary de Microcirurgia Reconstrutiva

O projeto 3-H Laboratório Rotary de Microcirurgia Reconstrutiva foi iniciado em  1996 com o objetivo de mudar a condição da saúde pública no Brasil e também em outros países da América do Sul.
Em 1996 no Brasil, apesar de ter uma incidência de acidentes de 8 mil casos por ano, haviam somente 17 médicos treinados para realizar microcirurgias de reimplante e 95% das mãos e dedos decepados em acidentes iam, literalmente, para o lixo deixando os trabalhadores permanentemente incapacitados.
Dentro desse panorama o Rotary Club de SP Avenida Paulista, em parceria com o Rotary Club Astley – Inglaterra, realizaram um projeto, junto com a Fundação Rotária, com o objetivo de criar um centro de treinamento de médicos em Microcirurgia Reconstrutiva no Instituto de Ortopedia e Traumatologia do Hospital das Clínicas de São Paulo, que treinasse 20 médicos por ano.
O projeto orçado em 325 mil dólares foi aprovado pela Fundação Rotaria em 1996, dentre 10 selecionados em todo o mundo para ser realizado a partir de 1997. O centro de treinamento: Laboratório Rotary de Microcirurgia Reconstrutiva começou a operar em 1999.
Os recursos foram provenientes:
• 275 mil dólares – Fundação Rotária Internacional
• 25 mil dólares – Fundação Citibank
• 15 mil dólares – IPEP
• 10 mil dólares – Rotarianos do Rotary Club de SP Avenida Paulista
Hoje, mais de mil profissionais de saúde já foram treinados na técnica microcirúrgica, realmente mudando a realidade brasileira no setor, gerando uma quantidade de milhares de trabalhadores que puderam voltar às suas atividades.
Como exemplo, podemos citar o caso de um dos médicos treinados em nosso Laboratório Rotary de Microcirurgia Reconstrutiva que realizou o primeiro reimplante de mão na região norte do país, na cidade de Aracaju.

 

O objetivo inicial era para receber apenas 20 alunos por ano, mas o laboratório suplantou todas as expectativas. O laboratório ainda criou novas oportunidades para a pesquisa. Muitos médicos
realizam pesquisas, teses e outras investigações científicas que utilizam os recursos do laboratório.

 

Além disso, o Rotary Club de SP Avenida Paulista contribuiu para o desenvolvimento de um fabricante nacional que passou a fabricar os microscópios que originalmente viriam da Alemanha, com isso houve uma economia de 125 mil dólares e esses foram utilizados para criar mais um Centro de treinamento na Faculdade de Medicina no ABC, uma atualização nos equipamentos do centro de treinamento no IOT do Hospital das Clínicas de S. Paulo e um equipamento específico de fisioterapia para exercitar os reimplantados, fase essencial para que estes retomem sua vida normal.

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Este projeto, em 2004, quando o Rotary International fez 100 anos de existência, foi considerado o 20º dentre os 100 projetos mais importantes do Rotary. Em resumo, o projeto Laboratório Rotary de Microcirurgia Reconstrutiva mudou a situação da microcirurgia no Brasil, mudou a vida dos profissionais de segurança, de todos aqueles que participaram de sua execução e, principalmente, dos trabalhadores acidentados que tiveram suas vidas recuperadas.